sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Sem título certo. Só 2020.

Eis que estamos no dia 24 de janeiro de 2020! Aqui no Rio, era pra ser céu azul sol de verão e dias quentes como 2019. Mas este janeiro está diferente... ou eu estou diferente? Temperatura amena, nuvens cinzas na maior parte do tempo... este janeiro está diferente...  fiz minha retrospectiva só nesta semana. Sim, 2019 veio com força, como um trem desgovernado em alta velocidade. Só deu tempo de correr e viver! Era matar ou morrer, quebrar paradigmas, fugir (ou tentar) dos problemas e terminar o ano doido pra ele acabar. Conversei com muitos e não foi assim só pra mim. Que louco né? Eu que amo os astros e toda a órbita lunar me peguei olhando para as estrelas em dezembro e questionando tudo o que havia acontecido. Eu que amo aniversários, não queria nada; depois eu quis; depois me arrependi; depois chorei; depois fiquei com o coração pesado. Achei que estivesse potencializando tudo mas depois vi que era o peso nos ombros que me fazia pesar. Tic tac, tic tac... na contagem dos meus livros de 2019 eu quase não tinha lido NADA... que loucura, que pessoa dispersa... que desilusão. Pedi desculpas aos livros, fiz as pazes com os astros e me senti mais leve. Queria só dar um salto na areia e atravessar 2019. Não pensei em nada, só queria mesmo sair correndo e pular, atravessar a linha tênue que foi ficar entre a vivência  e a sobrevivência espiritual; da solidão e de estar rodeada de pessoas. Que cabeça mais louca né? Mas assim foi assim mesmo é está tudo bem. Dei as mãos aos 2020 anos que me cercavam e agora é só trilhar o caminho. Não consigo imaginar  que 2020 anos se passaram D.C. e eu estou aqui neste ciclo. Só resta viver este ano par e buscar as origens. 
Haverão muitos textos novos por aqui. Semana passada eu pensei: será que alguém lê o que eu escrevo? Nem sei. Só sei que continuarei.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Doida de Pedra

A máxima que às vezes é preciso perde-se para encontrar-se é verdadeira. E quem não bebe desta água diariamente? Quem não se perde sem querer se perder e quem não acha sem querer encontrar?

Outro dia na fila do banco eu escutei: "essa vida é muito louca meu irmão". E quem não é (eu quase respondi)? Somos doidos de pedra. Sonhamos com o futuro, casa organizada, vida estável,  bons relacionamentos mas esquecemos que às vezes o menos era o que nos fazia o bem. O deitar na rede da varanda da casa da mãe, os almoços de domingos na casa dos parentes, o famoso "estar junto". Ai esquecemos  tudo isso, olhamos ávidos para números, profissões, casa, viagens e a roupa de dentro tá sem cor, tá cinza; a mesa do domingo ta posta e sem niguém. É preciso refletir o que se vive e o que aquieta a sua alma.
O que te faz feliz? A vida é muito doida e a gente tem que ser também. Doido de pedra, daqueles que acordam, olham pro céu e gritam: BOM DIA CÉU; dos que falam com os bichos, dos que cantam no chuveiro; dos que mesmo cansados, vão te ver e fazer você sorrir.

 Aquieta o coração, ainda dá tempo de fazer tudo isso. Às vezes de formas diferentes, mas dá.
Ser "doido de pedra'' é melhor que ser "doÍdo de vida"

I'm Back

Sim, fazem anos.
Voltei com muita coisa pra falar e mesmo que só eu leia,  vou digitar muito por aqui.



segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Medo de avião

Eu sempre tive medo de voar. Lembro a primeira vez que fiz uma viagem internacional sozinha (e que foi a minha primeira vez voando também). Queria viajar, conhecer o mundo, desbravar minha deliciosa França, mas tinha medo. Um mês antes da data da viagem, comecei a escrever algumas cartas para família e amigos, caso acontecesse alguma coisa comigo. Tive o trabalho minucioso de escrever para cada pessoa, deixar um mini testamento, responsáveis pelos meus animais e senhas de banco e cartões. Na véspera da viagem eu deixei tudo com a minha mãe num saco e disse: mãe, por favor, só abra se eu não voltar. E assim ela o fez. Riu muito de mim, ficou angustiada tentando aliviar o meu medo e guardou minhas cartas com o maior zelo possível.  Voltei, com a certeza única que passaria pelo medo de novo porque viajar o superava. 

Oras, como podemos voar em um objeto que desafia toda a física? Isso não entra na minha cabeça. A pressão, o peso, as asas, o piloto automático e principalmente como tem gente que consegue atravessar os oceanos ao menos duas vezes por semana? Esses comissários são mesmo respeitáveis! Se acha que estou exagerando, vamos lá:

 "O A380 tem uma cabine de 478 metros quadrados de espaço utilizável do piso, 40% a mais que o segundo maior avião de passageiros, o Boeing 747, e oferece capacidade para 525 pessoas em uma configuração de três classes ou até 853 pessoas em uma única classe econômica. 

Peso carregado‎: ‎560 000 kg (1 230 000 lb)
Peso máx. de decolagem‎: ‎575 000 kg (1 270 000 lb)
Peso vazio‎: ‎276 800 kg (610 000 lb)
Passageiros‎: ‎407-853 passageiro(s)"
Fonte: Wikipedia.


Fala sério, como pode voar? rs 

Entre alguns voos, mais traumático pra mim foi um onde sai de Roma em 2014 rumo a Dubrovinick. Estávamos eu e uma amiga, o avião com 50% de ocupação somente e um céu terrivelmente nublado. O voo levaria em torno de 60min mas que pra mim, pareceu uma eternidade. Com 30min de voo mais ou menos, o avião começou a ter quedas de pressão, parecia algum brinquedo onde despencava um pouco em queda livre (segundos) e retornava ao ponto normal. Quando ele começou a tremer, tremer muito,  as comissárias guardaram os carrinhos e sentaram na posição de queda - vocês me ouviram? NA POSIÇÃO DE QUEDA!! E eu nesse minuto já estava gritando e chorando. Os carrinhos começaram a soltar e bandejas da cozinha se soltaram das presilhas e caíram no chão do avião, fazendo um barulho terrível. Um silêncio dominava a tripulação e eu chorando, rezando e pedindo perdão pelos meus pecados hahahaha Agora tudo é engraçado, mas na hora foi terrível. Uma muçulmana envolta em seus lenços esticou um lencinho de papel pra mim e fez um sinal para que eu me acalmasse. Agradeci aquele pequeno gesto e foquei que tudo havia acabado. Quando aterrisamos eu beijei as paredes e chão do aeroporto, nunca fui tão feliz. 
O mais louco é que ainda assim gosto de sentar na janela, olhar o céu, imaginar desenhos nas nuvens e pensar na vida. Um completo paradoxo pra mim. 
Tenho sempre em mãos algum livro e se necessário, um remédio para relaxar e aliviar a tensão. Preciso viajar concentrada em alguma atividade ou dormindo.
Sempre digo: morro de medo de voar, mas enquanto a minha vontade de viajar for maior do que isso, continuarei superando meu medo.

Agora tenho que finalizar esse texto pqoque o avião vai decolar e eu quero apreciar essa vista linda aqui do aeroporto Santos Dumont (RJ x SP).


OBS: com a barriga em cólicas. ;)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Outro dia sonhei que podia voar... sério! Voar alto por cima dos morros verdes e brilhantes, assim como os pássaros. Pensei: deve ser bom voar! Traçar uma reta e seguir por aquele caminho, com o vento batendo no rosto, desafiando a própria autonomia ao driblar árvores e nuvens. Sair do chão e ir até o ponto mais alto que puder, sem parar, sem olhar pra baixo. Que delícia deve ser!
Deve ser por isso que gosto de lugares altos. Deve ser esta a explicação! Andar pelos parapeitos prestes a cair a qualquer momento... quem liga? Mas não gosto de avião!! Estar sentada presa numa cadeira dependendo de um piloto não é a mesma coisa. Sim, odeio aviões.

De vez em quando sonho que estou caindo... nunca soube o que significa, mas a sensação é o oposto de voar. É se debater no nada, cair num poço sem fundo e acordar no susto, com o coração fazendo mais barulho do que a própria noite, Loucura!  Mas lourura ao dobro é constatar que você está na cama nadando igual a um peixe.,.. ai o coração ganha um tempo e se aquieta, os músculos adormecem novamente para um sonho mais tranquilo, sem voos rasantes e quedas abruptas. E mais uma noite se passa...

Deve ser bom voar.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Se temos tempo, temos medo
Se não o temos, temos anseio
Vida que flui num mar sem fim
Onde ondas arrebentam em mim

Corre corre garota!
Pega carona no vento
Suba na cordilheira dos sonhos
E lá do alto veja com atento

Vida boa não se deixa escapar
Como areia entre os dedos
É necessário engaiolar
Pra que não deixe partir 


A vida que foi dada a ti. 


Suzana Zanini




segunda-feira, 17 de março de 2014

Há quem diga que estamos por aqui de passagem... como assim de passagem? Somos como um trem que vagueia por trilhos infinitos e perpétuos, só deixando para trás o rastro dos trilhos quentes e abandonados? Outro dia quando procurava uma pasta com documentos, achei uma caixa empoeirada em cima o armário e nem lembrava o que tinha dentro dela. Quando abri, foi como entrar num túnel de lembranças... tive a sensação de ter sido tragada pelas mãos pesadas do tempo. Ri, lembrei e chorei.... vi fotografias que nem lembrava mais, tudo ali dentro remetia a minha bisavó. Bilhetes dela para o meu bisavó em 1918, fotografias assinadas, um lenço já comido pelas traças... 94 anos dentro de uma caixa empoeirada em cima do armário. Se estamos de passagem ou não eu não sei... só sei que quero fazer valer a pena cada segundo dentro desse vagão que serpenteia o tempo sem paradas, sem voltas.
"Vamos viver tudo que há para viver"

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Doce Tristeza

Hoje não quero falar de amor e nem de perspectivas; não quero buscar respostas e nem descobrir mistérios; não quero ser a pessoa mais popular e nem ser lembrada por ocasiões; não quero ser o centro das atenções e nem a mais requisitada; não quero ser a mais bonita e nem a mais competente; não quero o melhor emprego e nem ganhar na loteria; nao quero falar nada do que não me interesse. Não quero expor meus sentimentos e nem ser julgada por isso. Quero ficar aqui, somente aqui com os olhos fechados, deitada e saboreando essa doce solidão. Não pense que estou triste e nao tente me animar. Quero ficar oscilando entre pensamentos bons e ruins e digerindo esse sentimento de tristeza que venho sentindo. Ficar triste é como ficar alegre; não é nenhum bicho de 7 cabeças e não vou precisar me tratar. Só estou sem forças para convencer as pessoas disso. Talvez eu veja algumas fotos e filmes e  deixe meu coração viajar na doce  nostalgia. Ou então eu só queira ficar aqui, imóvel e sem pensar em nada a não ser no quão o meu coração está apertado. E vou ficar aqui assim até que esse sentimento se esvaia e me dê ânimo para sorrir novamente e fazer tudo o que as pessoas que fingem estar bem o tempo todo fazem.
S.Z.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

EU AINDA ACREDITO NO AMOR

Parece meio piegas que eu esteja dizendo isso, mas é verdade sim. Não, não sou romântica e nem muito menos uma daquelas garotas chatas que ficam postando eu te amo nas redes sociais umas 10 vezes por dia. Não preciso falar ou escrever isso o tempo todo para ter certeza do que sinto.

É claro que atualmente essa crise de “falta de homens maneiros no mercado” acaba com qualquer expectativa e ânimo. Ou quem nunca passou pela situação do “vou te ligar amanhã para marcarmos algo’’ – e a pessoa nunca mais ligar?

Sempre parti do princípio que é melhor estar só do que mal acompanhada, e é verdade. Pra quê perder tempo com uma pessoa a qual não gosta ou simplesmente atura? Vai curtir a vida de solteiro e se divertir com uns amigos. Entre uma Stella Artois e outra você percebe que a vida pode ser muito divertida. Dê uma chance ao amor e ame a si mesmo.Viver descrente de tudo e só ver o lado ruim das coisas acaba secando o leite derramado até que ele seca. E quando seca, vemos tudo pelo pior lado. Tudo é ruim, nada vale a pena, fica com descrença em tudo.

Eu mesma já amei inúmeras vezes e com a mesma intensidade. O bom do amor é isso. A gente ama, sofre, sofre mais, se regenera e depois parte em busca de outro. E é assim que vivemos. Porque as pessoas são diferentes, mas no fundo elas procuram só uma outra alma diferente que seja igual a dela para compartilhar bons momentos. E nessa pressa, descrença e inversão de valores acabamos buscando pessoas além dos nossos limites. Buscamos o impossível ou desejamos aquele cara mais bonito da noitada. Será que realmente vamos encontrar o que precisamos? E se deixássemos de lados nossos vícios sociais de estar sempre in?

Por mais difícil que esteja encontrar um amor, não perca aquele brilho no olhar e a saudade de ter borboletas no estômago! Porque por mais que eu ouça falar por aí que “não amo”, “não acredito em contos de fadas” e “amor não existe” – Não há uma pessoa sequer que não esteja (com um ) ou procurando um amor.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ahhh Paris!

Um dia depois de deixar Paris e somente uma palavra me vem: Saudade!
Para uma viajante solitária de primeira viagem, Paris me recebeu de braços abertos. Confesso que a recepção agradável dos franceses me surpreendeu. Toda a educação e tecnologia misturada com o charme das antigas contruções da cidade Luz. É comum em todo momento encontrar pessoas lendo livros, escrevendo ou deitadas pelos jardins e museus desenhando as estátuas e pinturas famosas.

É uma cidade que transpira cultura! A miscigenação me impressionou de início, mas logo me depois me acostumei com as ciganas árabes e africanas com suas vestes coloridas! Em Paris você pode fazer tudo sozinho, é o que me parece. Os cachorros são sempre bem vindos e as pessoas estão sempre bem arrumadas. E com pressa, sempre com pressa. É facil sair correndo de manhã e passar numa boulangerie para comprar um croissant ou um pain au chocolat e receber um Bonjouuur tão sonoro que você retribui da mesma forma.



O metrô é uma revista gigante cheia de seus anúncios coloridos e artistas tocando sax.  E apesar de durante a noite os bares estarem sempre cheios, não se engane, lá não é o RJ! O frio corta os lábios e as 17h te faz lembrar que esqueceu suas luvas e que poderia ter saido de casa com um cachecol mais grosso.
Às margens do Sena, você tem sempre uma inspiração. A vontade que dá é de sair escrevendo e cantarolar músicas bobas. Ou então ficar lá olhando os namorados brigando e minutos depois fazendo as pazes.... ahhh esses românticos parisiences!

E se ainda tiver sorte, pode ver noivos fazendo as fotos para seu álbum de casamento!


Depois de andar muito e olhar todas aquelas bolsas e sapatos caríssimos, um chocolate quente na Ladurée da Champs-Élysées conforma e esquenta qualquer coração mais agitado.


Castelos, museus, centros culturais, cafés, apresentações e Paris não pára. Se você não parar, tem coisa para fazer 24h! Mas lá pelas tantas da noite quando decide ir ao famoso bairro Saint-Michel, você percebe que seus pés merecem um descanso! 
Descobri  que sempre vou precisar estudar mais a língua francesa e seus menus rs Pedir um prato achando que era outro só não perdeu aa graça porque era tudo sempre delicioso!

 Descobri também que o nome Petit Gateau só existe no Brasil porque lá, aquele bolinho dos deuses se chama Cour au Chocolat; eles não tem o costume de comer as alcaparras como aqui no Brasil, eles só as colocam para aromatizar as comidas (descobri isso quando um  garçom abusado perguntou porque eu havia comido as alcaparras do prato  rsrs).

No mais, vou sentir falta da Paris com luzes amareladas em seus lampiões antigos, dos pseudo-artistas sentados em círculos nos jardins recitando seus poemas, de me sentar sozinha em qualquer lugar sem que as pessoas me olhem de um modo estranho, dos inúmeros corvos que me fizeram lembrar histórias de reis e rainhas, do croque-monsieur e de me reunir em jantares nas casas dos meus amigos.



Do Pigalle com seu neon colorindo as ruas e com uma galera com estilo mais alternativo e do meu local preferido: Place do Tertre - Montmartre, onde artistas de rua com suas boinas fazem pinturas lindas com estilos diferentes.



Enfim, de tudo que sempre achei de Paris, não vai chegar nem aos pés do que vi!

À bientôt Paris!



domingo, 15 de maio de 2011



Superficial: 1. Relativo à superfície; 2. Que está à superfície; 3. Fig. Não profundo; 4. Que não é sólido e bem fundado; 5. Falso; aparente; 6. Leve; exterior; leviano.


O quão sincero você é?

 
Olho através de grandes globos de espelhos e vejo imagens distorcidas de pessoas e palavras que não claras, são idóneas... O que se quer ouvir nem sempre é dito e quando é, beira a superficialidade que se associa a imagem do nosso "carioca malandro"... Não é difícil de achar, basta se olhar no espelho e se encarar. Nem os 700 amigos no seu Facebook ou os seus 300 seguidores no Twitter estão interessados em você, só na casca, só o que você oferece de superficial e que é atrativo aos olhos famintos da conveniência. Quantas vezes já não deu um bom dia desejando não ouvir a verdadeira resposta?
O nosso espelho está inverso e a superficialidade derrama sob nossos olhos cansados e aflitos como uma orquestra sem maestro. Este derradeiro gesto contemporâneo nos expõe como carnes em açougues de 5° categoria, onde só as moscas participam do banquete principal. De tudo se conhece pouco ou seria do pouco se conhece tudo? Numa conversa com pseudo-intelecutais se pode achar desde o que ja escalou os alpes suíços até os menos bravos que preferiram ler somente os 5 livros de teorias fundamentadas em Marketing em um só dia. Mas os mesmos são capazes de defender um lado político, de falar sobre direito penal e de dar palpites em bolsas de valores. O que se sabe? O que se oferece além do achismo? Seria presunçoso demais admitir que a superficialidade se tornou algo tão íntimo que nos faz falta? Ou o que faz falta é o verdadeiro? Tantas capas, tantas defesas de nós mesmos que é impossível voltar atrás sem se machucar, tornando algo impossível de ser mudado.
A realidade é dura e a inventamos todos os dias quando publicamos diariamente em nossos diários públicos como estamos bem, quando na verdade o coração sangra apertado em celas de espinhos. Fingir se tornou uma autocompensação de nossas vidas tão sem graça.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

E quem amou e quem chorou e quem sofreu? Desta vida, o que se leva?
Não é para todos levantar todos os dias cedo e ir comprar pães fresquinhos e o jornal antes do trabalho. Assim, a vida caminha, a cada esquina ou num pub a meia luz na Nossa Senhora. Entre dois goles de uma vodca existe uma linha tênue entre anestesiar e se deixar virar ao avesso. Assim começa toda uma boa amizade e um bom amor, daqueles que te liga para não falar nada. A outra metade do avesso é o porre e a cara amassada no lixo junto com a boa moral. E há quem diga que para curar ressaca moral, é só beber Coca Zero.
Um bom sexo nunca vem com um bom amor, assim como um bom Pinot Noir nunca vem com um bom prato. Mas se deixe levar. Ou deixe ir, para bem longe se for preciso. O vento no rosto dá sensação de liberdade, por isso, abrir a janela e bagunçar o cabelo é um tratamento revigorante e barato. Afinal, para que se trancar em consultórios bonitos quando se tem o mar para admirar. Sancas de gesso me lembram pálacios.
Sempre disse que o melhor remédio para remontar o coração é pintar um outro. Nem que seja no papel, todo torto e pintado de azul. Acordar abraçado é bom, acordar todos os dias assim é complicado. Sei de alguém que vive só com as suas outras duas personalidades e se diz satisfeito!
Desamar é melhor que se anular. Conheci alguém que sempre comeu uvas pretas durante seus exatos 25 anos. Há dois só come uva verde e sem caroço porque o marido gosta. Há, ele também gosta de cuecas na cor xadrez e de controles remotos (falo mesmo!).
O encantamento se escondeu por trás do brilho dos olhos, mas ele ainda existe, está lá e ainda vai reaparecer por muitas vezes por mais que achemos o contrário.




Sejamos justos: Amar e desamar é para os fortes.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Nunca pedia mais que um copo de Martini, na verdade, nem gostava da bebida. Gostava mesmo de sentar-se num bar em meio a pessoas desconhecidas. Queria ver seu comportamento, como se vestiam e escutar uma música que não era do seu gosto. Ficava ali por horas analisando um approach, uma investida, um fora e esperando alguem oferecer-lhe uma bebida só para negar. Gostava de ver o bar man rodar as garrafas coloridas, selecionar as cerejas e servir um Sex on the Beach quase sem álcool. As pessoas gostam de ser enganadas - pensava ela. Elas vem para cá, pedem uma bebida, esperam que a noite seja a melhor da semana e que consigam uma boa transa num motel qualquer - daqueles que reutilizam o lençol até por 3 vezes seguidas - esperam uma ligação no dia seguinte e acabam se conformando com uma própria mentira, como a linha do telefone ruim. Sentia o cheiro marcante dos perfumes doces franceses misturados aos falsos e baratos, sentia medo quando uma pessoa a encarava até que ela fingia atender o telefone e ria com o suposto affair que nunca chegava do outro lado da linha. Um encontro era mais fácil assim, quando você fingia que esperava uma pessoa perfeita e ela, por um motivo muito importante não vinha e lhe prometia um mundo no dia seguinte. Cedia um olhar quando uma pessoa mandava um bilhete escrito num guardanapo pelo garçom e logo em seguida jogava-o na lixeira, ou queimava-o com um cigarro de menta. Fumar não era seu forte, mas ao sair, quando as luzes já estavam quase todas apagadas e o esfregão lambia vorazmente o chão, ela acendia um, retocava o batom vermelho e saía, deixando alguns poucos olhares curiosos e se vangloriando por tudo que havia captado naquela noite, esperando que a próxima fosse melhor. Enquanto seu telefone nunca tocava, ela fazia com que encontros quase acontecessem todas as noites e se deixava envolver pelo clima e pelos beijos que não dava, mas presenciava.
A vida dos outros sob seus olhos era melhor do que a sua própria vida.

terça-feira, 21 de setembro de 2010




"A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo .A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside."
Audrey Hepburn

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Crise dos 20?

Já tentei me definir de várias formas, arrisquei, improvisei, mas nada que se comparasse a toda complexidade e vulnerabilidade que existe em meu ser, que ora se aflora de uma forma mais serena, outrora se evolui para uma personalidade difícil de lidar. De tudo que já passei, não sei se aprendi com os erros, mas hoje sei que opiniões mudam de acordo com a idade e que perdoar se torna um ato constante na vida de todos. Sempre escrevi com a alma, nem sempre passei para o papel, e muitas vezes, ficou gravado somente no coração. Conto com amores escolhidos de pessoas tão diferentes, que às vezes, me surpreendo como nossas personalidades tão distintas se combinam tanto. E se é verdade que os opostos se atraem, eu não sei. Mas sei que se mesmos os dispostos se distraem, tudo é possível de acontecer. Não gosto de sentir a areia fugindo por entre meus dedos e nem de me privar de certos prazeres... A vida está cheia deles. Seja presenciar um entardecer alaranjado de inverno ou uma boa “noite carioca” com amigos. Para mim, tudo depende, tudo é uma variável. Depende do dia, da hora, de mim.
Posso gostar agora de salto e samba, mas queria voltar ao tempo e pintar o cabelo de verde como fiz numa época em que rasgava o uniforme do colégio para parecer mais trash. Num todo, acredito em destino mesmo, mas não caio na teoria de que tudo já está escrito. Acredito em tudo, até no que não vejo. Descobri que tristeza é algo que aperta o coração e faz a lágrima trilhar pelo rosto com deveras dor e que todo muito tem. Não sei bem se paixão é o nome do sentimento que tenho pelos animais, acho que é mais do que isso. Tenho me questionado sobre os sites de relacionamentos e continuo achando o Twitter algo extremamente louco e um tanto inútil, mas não consigo parar de usar. E se o mundo gira mesmo, eu sempre irei ficar com dúvida – mesmo sabendo de todas as provas científicas - pois é uma loucura eu não ver nada se mover. E tem mais, acho a gravidade sensacional! Com o tempo, estou aprendendo que as pessoas só estão preparadas para ouvir meias verdades e que nem sempre o humor tem a mesma graça se repetido mais de duas vezes. Para quem já colecionou e teve grudado na parede recortes de olhos e bocas de revistas e jornais, não espere nada convencional.
Tenho chorado vendo a novela, acho que isso já é um reflexo de que estou ficando velha, logo eu, que nunca fui emotiva. Tenho visto com freqüência filmes estrangeiros sem legendas para ver se entendo tudo e mesmo sem entender muitos deles, estou adorando esta nova prática – os atores precisam ser muito bons nas caras e bocas. Sempre acredito. Nas pessoas nem tanto, mas na positividade sim. Sempre tive uma caixa de fósforos e um canivete na gaveta do quarto achando que um dia fosse precisar. Até hoje nada. No mais é isso. Precisava falar um pouco de mim, fugir dos personagens que crio em minhas histórias. Personagens que são parte dos amores que tenho e dos que eu nunca vou ter.

E se alguém teve paciência de ler até o final, merci!

domingo, 27 de junho de 2010

A CHAVE DE CASA

“ Estou num ponto em que preciso mudar a direção do barco, ou então serei capturada pelo olhar de Medusa e me tornarei pedra, lançada ao mar. No entanto, as palavras ainda me escapam, a historia ainda não existe. Enquanto os músculos pesam e permanecem, o sentido se esvai. Quem sabe aos poucos, quando conseguir dar os primeiros passos, quando conseguir me libertar do fardo, não consiga também dar nome as coisas? E por isso, só por isso escrevo."

“...as pessoas vão ficando velhas e, com medo da morte, passam aos outros aquilo que deveriam ter sido feito mas, por motivos diversos, não fizeram.”

*Trechos do livro A Chave de Casa de Tatiana Salem Levy.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Recomeço

Começo pelo fim mesmo, pelo sabor extasiado de uma história.
Caí num campo sem flores já levadas pelo outono, com uma paisagem transformada ainda mais bucólica pela minha falta de cor. Fiquei por ali, deitada, imóvel por alguns segundos até perceber alguém vindo em minha direção. Levantei. Trouxe os cabelos grudados no rosto, como se fizessem parte de uma pintura já corroída pelo tempo. Não era agradável de ver. Eu não me via. Mas parecia um fantasma vagando entre árvores e pássaros. Seria completamente cabível que tudo acabasse agora, onde já não existia mais do que um corpo acorrentado a um passado sombrio. Mas você não deixava. A sua presença insólita me acompanhava, eu não podia ver, mas sentia. Sentia você caído comigo no chão, com a boca afagando as folhas secas e todos os meus suspiros de injustiça, de abandono. Caminhei até o lago, extenso e tão verde que não se permitia ser desvendado, estava frio, com uma nevoa branca se formando em nuvens esparsas. Fiquei ali, em pé, olhando a imensidão verde musgo que silenciosamente me chamava tão baixo que mais parecia um sussurro. E ali foi meu recomeço, minha estrada de partida. Sem ar, sem dor. Uma nova vida.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tenho escrito pouco, é verdade. Inspiração que falta e o cansaço que ganha. Às vezes me pergunto onde se esconde a garota que esperava todos dormirem para acender uma meia luz e sob a cama, dividir pepéis cheios de histórias em meio aos travesseiros. Falta de história não é, mas os olhos pesam e o dia seguinte está cada vez mais corrido. Aos poucos estou voltando, pensando mais e guardando as histórias na minha memória RAM (pois é, ou você acha que é só o computador que tem memo RAM?). Mesmo assim fatos corriqueiros continuam me motivando e tenho gostado mais das estórias do dia a dia. Como talvez a minha vizinha que só desce para passear com o seu cachorro à 01:00 a.m. impreterivelmente. Ou então, os velhinhos que se arrumam de terno e chapéu no estilo Panamá para tomar seu pingado na padaria e destilar suas vagas teorias sobre as notícias efervecentes dos jornais mais populares...
E assim vou retomando as escritas, prendendo meus pensamentos fugazes em meio a tantos desvarios....

domingo, 28 de março de 2010


Lembro ate hoje das meias no meio das canelas, fita no cabelo e o choro interrompido por soluços quando minha mãe me deixou no jardim de infância pela primeira vez. Ela com o coração aflito e eu, com síndrome de abandono e injustiça – nada que não tenha sido resolvido com uma boa soneca da tarde e muitas massinhas de modelar. Foi lá que fiz bons amigos, fieis escudeiros durante as batalhas intermináveis de pique esconde. Foi la também que comi amora pela primeira vez e que descobri que castelos podiam ser feitos de areia. As aulas de pintura nunca eram as mesmas se não houvesse um duelo de pinceis e guaches coloridos. Foi lá que fui a grande estrela e me consagrei como artista interpretando Chapeuzinho vermelho. Os peixes cresceram mais felizes depois de muitos biscoitos recheados e pedaços de pão com presunto jogado misteriosamente no lago artificial. E se Sherlock Holmes soubesse que desvendamos o curioso caso da suposta caveira no ultimo corredor, o mundo da investigação não teria sido o mesmo. Foi lá que descobri que roubar figurinhas não era certo e que levar ponto no queixo era dolorido. Que a caneta azul era melhor que a vermelha e que a negociação estava em tudo, ate na troca os lanches. Que as melhores reuniões de trabalho eram feitas nas casas dos amigos com direito a brigadeiro e macarronada. Foi la também que descobri que a chapa do raio-X do meu pulso torcido podia ser útil num eclipse solar e que a biblioteca era maior e mais misteriosa que eu podia imaginar. Que a salada mista poderia se tornar um jogo perigoso e que colar dava suspensão. Que era necessário formar para cantar o hino e que eu era muito melhor como torcedora do que jogadora de qualquer esporte. E que antes dos chineses invadirem o Brasil com as lanchonetes Xing Ling, o pastel chinês já era o imperador da cantina. Difícil também se esquecer das olimpíadas com direito a torcida organizada e choros intermináveis nas derrotas. Dos revolucionários do grêmio estudantil e dos papeis higiênicos molhados jogados no teto do banheiro como forma de protesto sei la de que. Dos amores e dos desfiles cívicos com a banda em perfeita harmonia.
Hoje, com uma chuva fininha na janela e uma caixa de fotos antiga na cama, cai numa viagem nostálgica e relembrei dos momentos que passei no Colégio Campo Grande e dos bons amigos eu fiz durante os nove anos que estudei por lá. Um bom colégio ladeado por muros altos e mangueiras imponentes. Hoje, depois da falência, não resta muita coisa, somente as boas lembranças dos eternos alunos e professores.
A todos os meus laços de amizade: saudade!

segunda-feira, 22 de março de 2010


E assim ele foi, pulando de floco em floco de nuvem, sem sentido, sem um mapa traçado. Parecia um balão indo ao encontro do infinito. Foi porque precisava, tinha ânsia em descobrir o que se escondia atrás do amarelo alaranjado do horizonte, tinha curiosidade em saber porque quando o sol se põe faz a água do mar tremer e a maré baixar...era mais forte que ele, apesar de ter lutado e jurado que não queria ir. Mas aquela voz suave, ah aquela voz! O chamava com o mais doce cantarolar da mais bela sereia dos seus sonhos. E a luz? Tão intensa que mais parecia um pó fino de diamantes brancos que caiam e cintilavam todo o quarto. Mas nada era tão avassalador quanto o cheiro inebriante que se penetrava por todos os lados. Poderia até ser um perfume, mas a suavidade não permitia acreditar que se podia guardar em vidros ou frascos... era cheiro de flor. Se era do campo ou se eram rosas, não sabia distinguir, mas era bom e extremamente fascinante. Também haviam pássaros o seguindo e borboletas abrindo o caminho para a nova vida cheia de novidades... Morrer não era ruim...

quinta-feira, 11 de março de 2010

24º Andar

De todas as coisas que mais me incomodam no mundo, desde os ar-condicionados pingando no centro da cidade do RJ ou até aquelas abelhas diabéticas que caem dentro da sua latinha de refrigerante justamente no ápice da sede, nada me perturba tanto como entrar num elevador com pessoas desconhecidas. Já pensei em procurar um médico mas depois previ que um psicólogo seria talvez a solução. O engraçado é que gosto do friorzinho que dá na barriga quando o elevador sobe e desce. Que me desculpem todos os vizinhos do meu prédio, mas sempre que posso, mesmo morando no primeiro andar, aperto todos os andares e deixo ele seguir viagem sozinho e avisando os passageiros fantasmas dos andares pedidos. Às vezes fico passando a mão no infravermelho para a porta abrir e fechar e confesso que fico alguns minutos fazendo isso rs. A nossa relação é boa, como disse no início, o que me intriga é o fato de como as pessoas se comportam dentro dele. Algumas olham para o teto, tiram míseras partículas de sujeira das unhas, outras olham para o infinito, outras entram e não dão sequer um bom dia... e o engraçado é que eu sempre tenho a sensação que o incómodo é geral. No fundo a aproximação com outras pessoas desconhecidas num ambiente fechado, retangular e cinza não é nada agradável. Outro dia, quando estava aguardando um elevador para ir ao 24° andar, vi que tinha umas quatro pessoas na minha frente, silenciosamente, fingi que estava aguardando outra pessoa e esperei que elas entrassem no elevador para que eu pudesse pegar um próximo. No outro dia de manhã, soube que o elevador havia parado no 19º e as pessoas tiveram que passar 3 sufocantes e agoniantes horas de suas vidas inventando o que fazer para não ter que olharem umas para as outras. E sabe o que descobri de mais curioso? É que elas ainda saíram amigas, marcando de beber chopp e afogar as mágoas. Quanto pesadelo: ficar preso num elevador com pessoas estranhas, contar a sua vida e ainda marcar um chopp com uma pessoa que você nunca mais vai encontrar?? Depois dessa evito elevadores cheios, pessoas suspeitas nas filas e de quebra ainda levo uma revista debaixo do braço, afinal a gente nunca sabe o que pode acontecer rs

segunda-feira, 8 de março de 2010


Um brinde a todas as coisas que nos tornam mais femininas, mais mulheres. Um brinde as sandálias de salto alto e ao blush que nos colore quando estamos sem cor; as revistas de moda e aos cabeleireiros que se tornam nossos fiéis amigos e confidentes; as coleções outono/inverso e os lenços e cachecóis que antes de nos aquecer, nos dão elegância; as unhas enfeitadas e os carros vermelhos; as academias e os personais saradérrimos que nos colocam sempre para cima; as reuniões de amigas regadas de assuntos engraçados; a delicadeza e a seriedade num só conjunto; a inteligência e a mastria de cuidar de filhos, casa e marido ao mesmo tempo; as lágrimas desperdiçadas em TPM´s e ATP´s; as comédias românticas e livros interessantes; aos vestidos balonês e as mensagens de sms; as drenagens e as cartas de admiradores; as cantadas criativas e aos buquês de rosas vermelhas...

Parabéns a todas as mulheres que por mais difíceis que sejam de entender, são desvendadas quando se tem uma rosa na mão!


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sem ZZZzzzzzzz....

Em noite de insônia, quando os olhos abrem e o tiquetaquear do relógio sem torna uma serenata de horror, procuro filmes antigos, leio artigos, folheio um livro já lido e procuro um abraço esquecido no meio de tantas cartas de amor; ouço o barulho do vento, coruja gritando, o ar sufocando e passos no corredor; assalto a cozinha, pego um doce esquecido, e com a geladeira vazia me pego no desamor; volto assustada pro quarto, tranco a porta e vou para o cobertor; ligo o celular, tempo que não passa, nenhuma mensagem - nada; ligo para um amigo, telefone que toca, tempo que passa, a caixa postal atende, um "oi" não ofende e um papo não vai mal.
Amanhece, o despertador toca, gosto de doce na boca, luz da cozinha acesa, papel no chão, mãe que reclama, televisão ligada, livro na cama, telefone na mão, lembrança que vem, uma olhada nas últimas ligações - ligação feita para a pessoa errada de madrugada e ainda conversa gravada na caixa postal.
Vergonha estampada na cara, sono estampado na cara, alguém me empresta uma máscara?

Noites de insônia só me dão prejuízo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Pérolas do ano novo:

Caso 1: Amiga com seríssimos problemas amorosos, saindo de uma traição dupla. Eu e mais uma amiga vamos visitá-la em casa, papo vai papo vem, a outra pergunta: Amiga, qual será o gosto de homem da Cris*? Eu falo: sei lá, acho que gordo, baixo e velho (as duas caem na gargalhada enquanto a Cris* chora). Daí eu virei p/ Luli* e perguntei: Amiga, e o seu gosto? Ah, sei lá, o que cair na rede é peixe: homem, mulher, baixo, alto, magra, gordo... rs (nesse momento as três caem na gargalhada).

Caso 2: Todo mês Sami* compra seu remédio anticoncepcional na mesma farmácia porque tem desconto. Depois de quase um ano comprando na mesma farmácia, fui com ela comprar o bendito. Quando ela foi pedir ao rapaz da parte da tarde, ele, antes de esperar ela terminar de falar, foi no estoque e pegou o remédio. Ela disse: caramba, você sabe meu ciclo mestrual de cor né? Não quer fazer a tabelinha p/ mim? (Eu fiquei roxa de vergonha e o rapaz tb rsrsrs)

Caso 3: Fila para comprar os ingressos do cinema lotada, todo mundo resolveu ir ver o mesmo filme: Avatar. Depois de 20min na fila, os ingressos esgotaram. Tive a idéia de ver Sherlock Holmes, falei com as minhas amigas que ia ser legal e tal, a Luli* me vira e fala: que porra é essa, que atriz é essa que não conheço?? Eu comecei a rir, expliquei que não era atriz e sim um detetive... e ela não sabia quem era... Detalhe: ela tem 30 anos. Porra, não é possivel isso, com certeza ela não teve infância e nunca brincou de Scothland Yard rs

Um pouco após a discussão sobre o filme, me entra um emo na fila p/ comprar pipoca. Um calor da porr** e o garoto com calça quadriculada, cabelo de lado, suspensólios e um chapeuzinho de lado imitando mágico. Daí essa minha amiga que não teve infância grita: Genteeeeeeeeeee, quem é aquele ator? Só pode ser ator de Malhação p/ andar vestido desse jeito... (todo mundo caiu na gargalhada)... breve pausa, o garoto passa e ele ERA SIM DA MALHAÇÃO kkkkkkkkkkkkkkk (racha a minha cara de vergonha)


OBS: os nomes foram modificados porque senão elas me matam rs

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Luz/claridade/ofuscamento/branco/energia

Momento branco total... Sabe quando você vê aquela luz? Não é a tal luz do fim do túnel ou algum comercial de clareador dental, nem muito menos a morte chegando... É uma luz que cada um irradia, dependendo do seu estado de espírito. Tem aqueles que não conseguem transmitir, mas tem outros que chega a ser confortante ficar ao lado, que passa uma energia forte, de paz, alívio... sensação boa demais... se pudesse ficava sempre assim. Pode pensar o que for, que ando meio "lazy" ou que não estou nem aí... o fato é que o momento é branco - seja qual for a razão, seja qual for o astro influenciando, seja qual for a missão.
É obrigatoriamente aceitavel e irremediável.

Queira ou não entender.

YOGA


Ando precisando praticar... Stress, muito stress!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

D.E.P. N.P.C.

Ontem recebi a triste notícia de que uma colega que estudou comigo no ensino médio havia sido assassinada. A morte por si só já é trágica. Seja por um razões de doença e idade ou seja por motivo torpe. Ela não era minha amiga, mas já havíamos saído juntas e eu conhecia a família dela. Fiquei sem reação por instantes e depois repeti, quase que cochichando o que eu acabara de ouvir: assassinada. Essa palavra, para mim, me remete à violência não só ao corpo, mas também à princípios, à vida. Talvez se tivesse sido um acidente a notícia teria causado um impacto menos chocante. Mas confesso que fiquei com isso na cabeça desde ontem. Ela foi achada dentro do carro próximo ao bairro onde morava. As causas ainda não foram descobertas. Aparentemente ela não inimigos, muito menos frequentava casas noturnas - foi simplesmente assassinada. É um pouco difícil de suportar ou confortar essa hipótese, é muito espantoso, mesmo que você não tenha tanto contato com a pessoa. A gente - que é do bem - não deseja o mal a ninguém. Não temos o direito de querer isso... está fora dos nossos princípios. Mas que é espantoso e me dá calafrios é saber que tem gente capaz disso a todo instante e que não estamos livres e nem salvos dentro de nossas casas ou carros e que nossa vida vale tão pouco quanto à um par de tênis. Muito triste...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


Para quem acha que as cores estão fora de moda e que tomar aquele sorvete com duas bolas “caprichadas” é coisa de criança, não sabe o que está perdendo. Andar de patins na orla, patinar no gelo no meio do shopping Downtown até altas horas da madrugada, sair de lá e ir comer no Burguer King só para ganhar a coroa dourada de papel e tirar as fotos mais engraçadas. E quando a disputa vira quase uma luta de heróis vampirescos contra lobos na compra dos ingressos do filme mais disputado pelos adolescentes (leve em consideração que a sua idade é no mínimo 10 anos a mais rs)? Isso é coisa de criança também? Pedir o “tal” copo dos heróis que estão na moda quando for ver o filme, ficar falando gracinhas dentro do cinema, sair de lá e ir ao japonês só para comer o hot, ir à praia e se tornar um consumidor compulsivo daqueles que não podem ver um açaí, uma saladinha de frutas, um brinco, um biscoito Globo e só mais uma empadinha praiana, beber e se tornar comediante, dar um tibuuuuuuum daqueles na piscina, pegar um jacaré nas ondas, usar chinelos coloridos e amar a festa Ploc 80, se acabar dançando: “menina musa do verão, você conquistou o meu cora...”, se acabar com as plumas e os óculos de paetês que estão na moda em todos os aniversários, ter roupa de dormir de bichinhos, amar ver uma comédia, se reunir com os amigos sempre que pode para fazer sempre a mesma coisa... Enfim, se você ainda acha tudo isso fora de moda e coisa de criança, talvez você precise se tratar... A idade não é o limite, praticar um sorriso já é um bom começo! Seja feliz!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sempre o mar...


Há tempos que não via a imensidão azul turquesa fundindo-se com o infinito. Sempre achei que o ponto onde eu deixava de enxergar, era onde se formava um grande abismo com cachoeiras inenarráveis de águas pesadas tentando encontrar um fundo que não existia. Por um momento esqueci-me de toda a confusão, das crianças tentando montar seus castelos de areia, vendedores e o labirinto de cadeiras, cangas e guarda-sol que se formavam na minha frente, na praia do Recreio dos Bandeirantes. A imagem valia mais do que tudo. Nem a areia escaldante conseguiu tirar toda a paz que o barulho do mar fazia – e não precisava estar com o ouvido grudado em nenhuma concha para ouvi-lo. O sol parecia dançar com todo o calor que irradiava, formando desenhos graciosos para quem quisesse ver.
Me livrei das roupas e fui logo descobrindo trilhas por entre as pessoas para chegar perto do mar. Corpo quente. Primeiro veio a sensação do choque, depois se tornou um frio suportável, ate que mergulhei por inteiro e foi como se meu corpo tivesse ficado anestesiado. Se fosse doente, poderia ate achar que alguém havia aplicado morfina; se fosse hipnose, poderia ter sido um transe profundo; mas para falar a verdade, mas pareciam formigas andando por todo o corpo, e o mais estranho: a sensação era boa. E por longos minutos deixei que as ondas, com sua divina maestria me guiasse ou simplesmente me acalantasse no seu balanço de ninar. Quando sai do mar, foi como se tivesse mergulhado pela primeira vez – logo eu, que vou à praia desde neném. Mas essa sensação de renovação eu não quero deixar de sentir nunca... esse è o sentido da vida.

sábado, 31 de outubro de 2009


Não pedi que me encontrasse, nem que estivesse na esquina mais próxima depois daquela curva - você sabe, aquela curva que passa entre o caminho desenhado pelos nossos dedos cansados dos rascunhos mal feitos - marcada com tantas idas e vindas mas também com o esplendor de quando a primavera anunciava a sua chegada, com a mistura tenra de cores e o balançar voluptuoso dos arbustos dominados pelo sopro agradável do vento. Você sabe que prefiro os caminhos mais curtos, as lembranças mais recentes e as curvas mais conhecidas - mas não ''aquela curva'' - porque sei bem o que existe antes dela, mas e depois? O depois é sempre um misto do mistério da descoberta cercado por caminhos bagunçados, formando um labirinto como nos antigos castelos medievais. Desses caminhos eu tenho medo, se entrar não sei achar a saída. Vou me perder nos arbustos de arame farpado disfarçados de arco íris, e aí meu bem.... aí não me acho mais... Por isso vou mudar de caminho, nada de curvas, só linhas retas, aliás, isso facilita as minhas escolhas - você sabe, não sou boa com caminhos, com escolhas, com curvas e muito menos em achar as saídas mais msimples...

sábado, 10 de outubro de 2009

Branco infinito


Tenho acordado diferente nos últimos dias, não tenho falado muito, ultimamente as palavras soltas e vazias têm me incomodado. Às vezes gostaria de poder criar membranas sob a boca e os ouvidos para não ter que ouvir nada, de ninguém... e ficar só com o silêncio da "minhalma", que ecoa os piores medos e os infelizes sonhos que tentam emergir do lado mais sombrio. Sensação estranha, que espreme o peito e o ar sai apertado, fazendo o coração bater mais forte. Sonho com uma piscina branca num lugar branco transbordando de penas brancas, e de costas com os braços abertos, do trampolim eu me atiro, e o chão nunca chega, as penas voam e lentamente vão se unindo ao branco da tinta e começam a desaparecer lentamente, como se fosse mágica... e eu fico lá, no fundo branco do infinito, com as pupilas dilatadas e com os os braços estirados e fundidos junto ao piso de marfim...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O maníaco da locadora

Como já havia meses que eu não alugava um DVD, desenterrei meu cartão de sócia da gaveta e parti em retirada para a locadora. Tirando o fato de que já se passavam das 23h e eu estava com óculos escuros e roupa de dormir das garotas super poderosas, desci pela escada do prédio para não encontrar com nenhum vizinho e peguei o carro. Para a minha completa surpresa, tinha mais gente na locadora do que eu imaginava. Há, tudo bem, se não achassem que eu era sonâmbula, no mínimo iam achar que eu estava divulgando algum filme. Enfim, valiei os lançamentos, os especiais, os antigos e acabei parando nos de terror mesmo. Estava lendo a sinopse de um quando chegou uma pessoa por trás de mim e gritou: a-haaaa! Ainda me refazendo do susto, olhei com a minha cara de poucos amigos desprezando a espécie do outro planeta. De repente, ele começou a pegar um filme de cada seção e ficou imitando as falas dos personagens. Continuei fingindo que aquela criatura bizarra não existia. Como se não bastasse toda a baderna que ele estava fazendo, ele começou a proclamar em voz alta as sinopses dos filmes, foi andando até o balcão e falou com a atendente que ia levar somente os 15 DVD´s porque não teria tempo de assistir os outros 30 que tinha pego. 30?? Como uma pessoa sã consegue assistir 30 filmes em um só dia? Ainda assim, com todo mundo olhando, o louco começou a cantar os hits da moda dos anos 80. Eu, que na altura do campeonato já havia contado até 1000, virei e disse: Vem cá, você tomou que tipo de remédio? De qual manicômio você saiu? Ele caminhou até a minha direção, me rodeou e disse que a única maluca ali era eu, de óculos escuros às 00:15am e roupa de dormir. Pegou seus 15 filmes, me olhou de soslaio e com desdém e saiu gargalhando metaforicamente. E eu fiquei lá, olhando o animaniacs sair e repensando nos meus horários para alugar filmes. Esse pessoal da noite me dá medo rs.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Noites de verão...

Ao cair da noite tudo ficava mais calmo, tranquilo. O azul crepúsculo que descia se fundia com o amarelo acobreado do dia que preguiçosamente partia. Era um entardecer típico daquelas noites de verão - quente e misterioso. Pássaros enfeitavam o céu com a sua retirada calorosa e os primeiros pontos brancos reluzentes começavam a piscar feito vagalumes no céu. E a gente estava ali, como o de costume naquele mesmo horário, deitados na relva misturados a grama seca, ouvindo a súplica ardente das cigarras anunciando seu suicídio. Mãos dadas olhando as nuvens esparsas que às vezes imitavam formas conhecidas para se exibir. O anoitecer ali era único porque era nosso. Nosso pequeno paraíso no meio da tumultuada cidade. Sentíamos a brisa quente e suave percorrer o corpo, a renúncia completa de todas as obrigações, o prazer de só estar ali era digno de ser guardado numa cápsula e ingerir feito remédio, para não ter que dividir com mais ninguém e ficar saboreando o doce momento...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

"Rostos espalhados pela parede, alguns livros pela metade, o verde inebriado pela fumaça dos incensos, mistura de sândalo com outro cheiro bom, o ar sufocado pelas portas fechadas, papéis transbordando a mesa, a maçaneta como cabide, pelúcias escondidas, as portas do armário abertas, uma antena que às vezes não funciona, velas variadas, revistas fúteis e outras nem tanto, postais colados em alguns cantos, sussurros da música baixa e agradável, dezenas de fotos escondidas em uma gaveta, um piano esquecido e o sol e a lua contrastando no crepúsculo da colcha de cetim..."

sábado, 22 de agosto de 2009

Quarto 691

Sinto na respiração daquele quarto vazio, o espaço sombrio entre o amor e o rancor. Sinto o ar pesado como ferro em brasa, tomando formas abstratas nas paredes pintadas com tintas de cor. Tateando o chão eu encontro pedaços de nós, cartas de amor, pontas de cigarro, garrafas sem rótulo, tudo o que sobrou... No vidro sujo e embaçado me vejo num passado não muito distante, com ânsia de me encontrar, te encontrar. E hoje me vejo refletida no que sou: presa num presente sem futuro, embaçando o vidro com a respiração ofegante e quente vendo tudo o que restou. Abro a porta para ir embora, olho pela ultima vez para aquele quarto de motel barato com o neon fraco, abandonado pela nossa falta de amor. Desço as escadas correndo tocando no corrimão enferrujado e vibrante, encontro de novo a rua e como e fosse um ultimo aceno, vento batendo no rosto, fecho os olhos e me despeço daquilo que já fez parte de mim, mas que nada de mim, sobrou

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ruas.anjos.rostos.vc

Andando por entre as ruelas que mal sabia onde iam dar, tudo era mais íntimo e mais confortável do que estava por vir. Os imponentes e antigos prédios, com suas fachadas repletas de anjos e balaustres de gesso, a buzina dos carros distantes, a chuva que começava a cair... Unhas? Pra que unhas? No auge do ataque de minha úlcera nervosa elas já haviam sido completamente devoradas... talvez fosse cedo demais, ou tarde demais. As horas pareciam brincar com os números do relógio. Pode ser que esteja quebrado. Quebrado? Então o tempo me deu uma folga? Que nada... apressar-se foi preciso. Rostos diferentes pareciam ler minha mente quando passavam por mim. E a chuva caiu. Sem marquises ou guarda-chuva, fui andando com os com as mãos trêmulas, não sei se de frio ou tensão. Quando me aproximei do lugar marcado, o vi se aproximando, já me olhando com ternura e com olhos de remorso.... Mas ali era a minha chance. Chance de acabar com tudo, com o veneno que se diluía no meu sangue toda vez que eme beijava. Era a chance de parar de me matar pouco a pouco. Eu tenho que ser forte, eu tenho que ser, eu tenho... Para que treinar dias para falar algo que não consegue? Tudo em vão? E a chuva voltou a cair, impiedosa, tentando lavar a culpa que brotava no mar do arrependimento... e se não tivesse ido ali? E se seus beijos não fossem tão irresistíveis? Questionamentos e mais questionamentos... mas agora não importava mais. Não agora, não no momento exato que acabei de ser enganada pela felicidade outra vez.
Mas na próxima vez eu consigo....

Romeo e Julieta

No sábado, como o de costume, acordei às 05h para ir ao curso no centro da cidade. Nada diferente do habitual; tomei banho, me arrumei e tomei café. Antes de sair, abri a persiana e olhei para a rua. Tudo normal além do céu azul escuro e opaco que começava a dar os primeiros sinais da bela manhã ensolarada que estava por vir.
Atravessei o hall do prédio e quando fui me aproximando do portão, que é largo e de grades, percebi que os porteiros olhavam fixamente para a cena que estava acontecendo. A princípio, vi um carro preto e esportivo parado em frente ao portão, com três garotos encostados, que deveriam ter entre 16 e 18 anos no máximo, e ao lado do carro me deparei com um menino sem blusa e visivelmente transtornado - uma mistura explosiva de álcool e tristeza - ajoelhado, com os braços entrelaçados como se fossem feitos de mármore, nas pernas de uma menina. Não era uma menina qualquer, era a sua metade, sua namorada.
Quanto mais ela tentava se desvencilhar dos braços de mámore fincados em sua pele, mais ele chorava. E entre lapsos de soluços e palavras soltas, ele dizia que a amava, que não era para ela o deixar, pois se o fizesse ela ia arrancar sem anestesia o seu coração.
Fiquei brevemente parada ali, fitando envolvida com toda a intensidade que os rodeava. Foi quando ela cedeu aos seus murmúrios e lamentos e sutilmente, ela deixou que o corpo escorregasse por entre os braços do seu amado, passou as mãos no rosto perdido por trás das lágrimas e o beijou. Foi um beijo apavorado, e absorto de incertezas. Mas constante e voraz, como se nada mais importasse - nem o fato de que haviam vizinhos a observando. Eles se esqueceram de nós, do tempo e como se nada mais importasse, eles levantaram e ficaram se olhando com as testas grudadas uma na outra. Ela se despediu com um olhar e ele afagou seu rosto. Ele entrou no carro e ela pediu para abrir o portão.
Os porteiros que antes chegaram a aplaudir a cena de amor, acompanharam tudo com o olhar - seu rosto vermelho escondido por entre os fios de cabelo que as lágrimas grudaram, joelho ralado e um sorriso de felicidade.
Assim eu parti, peguei meu velho ônibus de sempre e fui estudar inspirada, esperando um bom dia.
Afinal, não é sempre que a gente vê um Romeu e uma Julieta nesses tempos tão sem paixão.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"...Desconfio desses amores baratos que estão à venda por ai nas esquinas, nos bares, no trabalho, não perco meu tempo nisso. Juram que é verdadeiro, mas estragam nos primeiros meses de uso, às vezes nem chegam a funcionar. Por isso que eu estou economizando, juntando, paciente, guardando para investir. Ai você vai ver. E vai ter um do bom. Do melhor...."

F. palma.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Uh lá lá! C´est très facile!


O conselho de turismo de Paris pediu um grande favor aos moradores de uma das mais belas cidades do mundo: Sorriam!

De acordo com questinários feitos com visitantes nos últimos meses, a cidade perde por ser uma das mais supervalorizadas da Europa e ainda por cima, por ter moradores extremamente antipáticos.Agora, além da crise, os nada receptivos franceses vão ter que andar com um belo sorriso no rosto!


Ainda bem que as máscaras estão na moda!

sábado, 11 de julho de 2009

Entre artistas anônimos


Por trás de cada história de vida, existe uma trilha sonora. Quem nunca achou que estava num palco cantando para mais de 100 mil pessoas quando na verdade, estava sendo observado assustadoramente pelo motorista do carro ao lado? Ou então, quando estava com uma certa dor de cotuvelo, colocou aquela musica bem deprê e ficou viajando numa nostalgia sem fim? Ou ainda quando a música fala tudo o que você quer ouvir? Coincidência ou não, agora ficou muito mais fácil personalizar a nossa vida com uma trilha sonora. MP3's, MP4's, celulares e I-pods refletem assustadoramente a vontade impetuosa que o ser humano tem de querer se calar e imaginar o seu mundo sob outra perspectiva. Ora, o enredo agora é nosso! Tem músicas para todos os momentos: baladinhas pops, melosas, rock antigo, nacional de todos os estilos... Uma para cada hora do dia, ou melhor, uma para cada lugar. Virou febre, ou melhor, virou moda ser ator protagonista da propria vida. Professores não aguentam mais seus alunos com um fone em um ouvido enquanto o outro divide a atenção com os amigos e algumas explicações. Quantas vezes já deixei de sentar ao lado de pessoas nos ônibus porque o som ultrapassava os limites do chamado "respeito ao próximo''? A música sempre foi o lema para temas de nossas vidas, mas o único lugar que a levávamos antigamente, era na cabeca (fitas K7, discos de vinil e Cd's) e não no bolso. Equanto a magia da portabilidade ainda não cria algo excepcional, vou me surpreendendo com o que vejo: Renatos Russos cantando ao meu lado no onibus e Beyonces nas filas dos bancos lotados. E quem e que não se acha um cantor com o fone no ouvido? rs

[...]


''Hoje o céu estava pintado de grafite. As nuvens faziam desenhos negros carregados de chuva. O dia parecia noite. Uma noite ruim, com cor de fúria e de medo. As nuvens se entrelaçavam desarmonicamente, revelando clarões e algumas gotas esparsas. Parecia que ia chover, mas não choveu...''

terça-feira, 30 de junho de 2009

De olhos abertos


Para muitos paulistas que passaram olhando para o relógio, apressados para chegar em casa depois de um dia desgastante de trabalho, não perceberam a ave que estava perto das catracas na estação Jabaquara do metrô nessa segunda - 29/06/09. Uma coruja, com seu olhar estático e imponente olhava as catracas girando e com sua calma e atenção, ficou refugiada ali, por muitas horas até que alguns passageiros perceberam a sua presença. Os funcionários já tinham notado pombos, pássaros pequenos e até mesmo roedores pela estação, mas uma coruja foi a primeira vez. A equipe de Zoonose foi chamada para retirar a ave mas não apareceu, e a coruja permaneceu lá, como uma estátua a observar os giros das catracas e o indo e vindo do metrô. Há quem diga que coruja dá sorte, outros dizem que dá azar. Apesar de toda a superstição, a coruja passou a noite lá e quando amanheceu, assim como chegou, foi embora sutilmente sem que ninguém percebesse. A catraca deixou de atração e tudo voltou a ser como era antes...


- A gente só enxerga o que quer -

sexta-feira, 26 de junho de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

0x0


Até quando vai ser preciso provar que garra e raça não combina com contratos milionários, estrelismo, clubes internacionais e mídia intensa?

A Copa das Confederações tem sido um grande exemplo para nós, brasileiros atrelados ao estrelato. Cadê nossos ídolos? Cansaço aqui, dor ali. E quando sai um gol, não digo um gol qualquer, digo um golaço, sai de um dos jogadores do banco de reserva que não sabemos nem o nome direito. Inesperado? Sorte? Talvez seja isso tudo misturado com a vontade de crescer, de mostrar e de provar para todos o que está faltando na seleção brasileira de futebol.

[que soam as cornetas]

Crise Matrimonial



Sabe quando você era pequeno e sempre tinha uma tia gorda e chata que quando te via apertava as suas bochechas e dizia: que menina linda, como você cresceu hein? (se você teve uma infância e parentes um pouco parecidos com os meus, a coincidência não para na infância). E essa mesma tia alguns anos depois, já na adolescência, quando te via falava: nossa como está uma moça, e aí, quando vai arrumar um namorado?
Olha, que depois dos 15 anos o tempo voa hein!! Ou, melhor ainda, essa mesma tia, na igreja quando você finalmente desencalhou , depois de cortar o bolo e seguir todas as regras da boa festa de casamento ela solta: Minha filha, já ta na hora de encomendar o bebê, e você trajada com um lindo vestido branco desabafa num granhido que possivelmente seria perdoado, porque afinal, a festa é sua, diz: Pois é tia Maroca, as pessoas crescem porque é a ordem natural da vida, o tempo depois dos quinze voa mesmo e apesar disso a senhora continua a mesma: gorda, com esse cabelo de passarinho enjaulado e pesando 120Kg!!! E quanto o bebê? Não vou ter, vou adotar duas crianças africanas na minha próxima viagem... Está bom pra você?
Aquele momento de pausa...................................!!
Todos olham e começam a fazer o que estavam fazendo antes, comendo e bebendo, aliás é a sua festa de casamento! rs

Tirando toda a sátira da tia gorda e chata que apertava a minha bochecha quando eu era pequena, a idéia de casamento vem me perseguindo como se fosse spam no meu e–mail. Quatro amigas da minha infância irão se casar nos próximos quatro meses e três já tiveram filhos. Eu, que nunca fui de pensar a respeito, me vi numa situação digamos que um pouco desgastante. Acho que, a todo momento todas as mulheres estão neuróticas planejando suas listas de presentes.
Sempre quando eu percebo estou em frente a uma loja de aluguel de vestidos “brancos” e sessões de roupinhas de crianças me perseguem. Trágico ou não, essa onda de matrimônio mexeu com a minha cabeça. Aliás, me senti como as lindas e independentes amigas do seriado The Sex and The City, que são lindas e belas e tem sucesso, mas não conseguem estabelecer uma relação a ponto de dizer SIM! Bom, nunca fui contra casamentos, mas todas as pessoas do mundo quererem se casar e você não, é um problema e tanto né?
Graças a algumas doses de noites bem divertidas e pessoas interessantes, descobri que assim como eu, algumas milhares de outras pessoas não vão se casar! UFA! O fantasma da casa, comida e roupa lavada enfim saiu do meu pé. Casar não é o que eu penso agora, mas quase achei que fosse, até porque tudo estava conspirando a seu favor, ou melhor, quase tudo, já que não choveu nenhum noivo sequer rs Após o amadurecimento da personalidade e o espanto do fantasma, podem vir chás de tudo e provas de vestido de madrinha que eu to dentro, aproveitando tudo que um bom casamento tem: o bolo, os doces, o DJ e o Chandon!


[E que toquem a marcha nupcial]

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Rendida a mais um pecado!

Nos últimos meses li algumas críticas de autores e escritores famosos sobre algumas frases, pensamentos e criações em blogs de artistas. Não, as críticas não eram boas, eram sátiras, deboches. Em parte eu acredito que escrever para qualquer um e em qualquer lugar e ser lido por muitos, causa uma ponta de, se não for inveja, de curiosidade nos aclamados críticos.
Ora, afinal leva-se anos para ser reconhecido com obras importantes e uma artista que fala sobre o mal que sofreu com reguladores de apetite, é reconhecida e elogiada em alguns minutos após a postagem no seu "blog" ou "diário virtual" para outros. Acontece que os fatos cotidianos são reconhecidos e tidos como lição. Sem menosprezar a falácia dos colunistas da Veja, O Dia, O Globo, mas todos eles escrevem sobre o que querem e às vezes seus textos são tão improdutivos quantos os famosos blogs. Já li colunas dedicadas à cães e sonhos com árvores e metamorfoses. Eu também nunca fui adepta, mas para quem é servido em uma bandeja com uma maçã na boca, o orkut na receita e o Youtube na conta, acaba se rendendo a mais um desses pecados cibernéticos.
Agora aqui estou, numa forma on-line às vezes escrevendo bons textos e outras vezes, algumas besteiras cotidianas; às vezes postando músicas, sátiras...
E quem for contra, que "poste" uma msg agora, ou me deixe um "scrap" depois!
Au revoir!

Nem as princesas dos contos de fadas estão se dando bem... rs

Pleeeeeeeeeease, menos blábláblá e mais Sex on the Beach!!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Musiquinha para começar...

Quelqu'un M'a Dit
Carla Bruni
Composição: Carla Bruni / Léos Carax

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses.
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux

Refrain:
Pourtant quelqu'un m'a ditQue tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serais ce possible alors ?

On dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Parait qu'le bonheur est à portée de main,
Alors on tend la main et on se retrouve fou

Au refrain
Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit,
J'entend encore la voix, mais je ne vois plus les traits
"il vous aime, c'est secret, lui dites pas que j'vous l'ai dit"

Tu vois quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore, me l'a t'on vraiment dit...
Que tu m'aimais encore, serais ce possible alors ?

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos tristesses il s'en fait des manteaux,

Au refrain